quinta-feira, 1 de março de 2012

DCO - ATITUDE E DECISÃO





Pesquisa apresentada à disciplina DCO - Dinâmica e Comportamento Organizacional do curso Bacharelado em Administração de Empresas da Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana como requisito parcial de avaliação da disciplina.

Professor Adson Sadat.


FEIRA DE SANTANA
2011



1 INTRODUÇÃO  DE ATITUDE



                        O objetivo deste estudo é fornecer subsídios para uma reflexão mais acurada sobre a tão propalada reforma íntima, entendida por nós como uma mudança comportamental. Veremos o conceito de atitude e comportamento, desenvolveremos idéias sobre a percepção, a formação das atitudes e comportamentos e a possibilidade de mudança do nosso modo de pensar e de agir.


 2 CONCEITO

 
                        Atitude - Do latim aptitudinem atitude, através do italiano attitudine significa uma maneira organizada e coerente de pensar, sentir e reagir em relação a grupos, questões, outros seres humanos, ou, mais especificamente, a acontecimentos ocorridos em nosso meio circundante. (Kardec, 1978, p. 7) É um dos conceitos fundamentais da psicologia social. Faz junção entre a opinião (comportamento mental e verbal) e a conduta (comportamento ativo) e indica o que interiormente estamos dispostos a fazer. Segundo Jean Meynard, “É uma disposição ou ainda uma preparação para agir de uma maneira de preferência a outra. As atitudes de um sujeito dependem da experiência que tem da situação à qual deve fazer face”. Pode se dizer também que é a “Predisposição a reagir a um estímulo de maneira positiva ou negativa”.


 3 PERCEPÇÃO


3.1 Significado

                        A Percepção é uma atividade do espírito que organiza os dados sensoriais pelo qual conhecemos a “presença atual de um objeto exterior”.

Graficamente: 

P.S. →
e      →
P.E.S.→
←     ←
Corpo Físico
→  →
←    ←
Perispírito
→   →
←    ←
Espírito ↑
→   →

     
                        Explicação: as informações nos chegam através das percepções sensoriais e das extra-sensoriais. Passam, primeiramente, pelo corpo físico; depois, pelo corpo perispiritual, e, por último, chegam ao Espírito propriamente dito. O senso crítico está localizado no Espírito, que faz a seleção de tudo o que lhe chega, enviando de volta, como crítica conceituada.


3.2 Distorção Perspectiva

                        Um dos grandes problemas da percepção é a distorção perceptiva, ou seja, vemos as pessoas de uma forma bem diferente das que elas são, ou daquela como estas nos são objetivamente apresentadas.

                        Entre tais distorções, citamos:


            a) estereotipagem - É o processo de usar uma impressão padronizada de um grupo de pessoas para influenciar a nossa percepção de um indivíduo em particular. Estigma.


            b) efeito halo - Consiste em deixar que uma característica de um indivíduo ou grupo encubra todas as demais características daquele indivíduo ou grupo.

            c) expectativas - Consiste em "vermos" e "ouvirmos" o que esperamos ver e ouvir e não o que realmente está acontecendo. (Bowditch, 1992, p. 62 a 76)


4 DIFERENÇA ENTRE ATITUDE E COMPORTAMENTO



                        A atitude é intenção; o comportamento é ação.

                        Empenhemo-nos na autoconsciência. Quem sabe se essa busca de nós mesmos não seja o principal estímulo de nossa evolução espiritual, das mudanças para o bem que o nosso Espírito imortal almeja?


5 TIPOS DE ATITUDE
                        Uma pessoa pode ter milhões de atitude, mas  o estudo do comportamento organizacional volta sua atenção para apenas algumas delas, relacionadas com o trabalho. Eis as mais importantes:




5.1 Satisfação com o trabalho


                        Refere-se à atitude geral de uma pessoa em relação ao trabalho que realiza. Uma pessoa que tem alto nível de satisfação com o trabalho apresenta atitudes positivas. O contrário ocorre com a insatisfação.


5.2 Envolvimento com o trabalho


                        É um termo novo e embora não exista consenso sobre o significado desse termo, uma definição viável seria o grau em que uma pessoa se identifica psicologicamente com o seu trabalho e considera seu desempenho nele como algo valioso para si.

5.3 Comprometimento Organizacional


                        Definido como o grau em que um empregado se identifica com uma determinada empresa e seus objetivos, desejando manter-se como parte da organização.



6 DECISÃO
  


           As pessoas são processadoras de informação e tomadoras de decisão. Tomar decisões é identificar e selecionar um curso de ação para lidar com um problema específico ou extrair vantagens em uma oportunidade. Na visão de Simon, a organização é um complexo sistema de decisões. Pois é um processo que engloba todos os profissionais dentro da organização, ou seja, não são apenas os administradores que tomam decisões, cada pessoa participa tomando escolhendo e decidindo entre alternativas que lhes apresentam, relacionadas ou não com seu trabalho.

                        O processo de tomada de decisão organizacional ocorre em dois estágios. O primeiro é o de identificação do problema e trata de monitorar a informação as condições ambientais e organizacionais para determinar se o desempenho é satisfatório e para fazer o diagnóstico da causa das falhas. O segundo estágio é o de solução do problema e se dá quando caminhos alternativos de ação são considerados para que uma alternativa seja selecionada.



           A tomada de decisão ocorre sempre em reação a um problema e variam em complexidade.  E ela pode ser classificada em dois grupos. Um é o das decisões programadas e outro das decisões não-programadas. No primeiro caso, as decisões são repetitivas, cotidianas e bem-definidas, com procedimentos já estabelecidos pra resolver o problema, além de já existir uma relativa certeza de que a alternativa escolhida será bem sucedida. Já as decisões não-programadas precisam ser resolvidas à medida que aparecem, não existem critérios claros, as alternativas são imprecisas e há incerteza quanto ao sucesso da solução proposta.


        6.1 Como as decisões são tomadas?


                        As escolhas devem ser feitas seguindo um modelo de tomada de decisões racionais, que apresenta seis etapas:

a.    Definir o problema: Um problema existe quando há uma diferença entre o estado existente e um estado desejável.

b.    Identificar os critérios para decisão: O tomador de decisões determina o que é relevante para decidir. Isso entra no processo de interesses, valores ou outras preferências pessoais do tomador de decisão.

c.    Pesar os critérios identificados: Para dar correta prioridade nas decisões.

d.    Definir possíveis alternativas: As alternativas devem ser apenas listadas, sem avaliação.

e.    Avaliar alternativas: o tomador de decisões precisa analisar criticamente e avaliar cada opção.

f.     Escolher a melhor alternativa: É a etapa final e deve ser feita avaliando-se cada alternativa em relação aos critérios considerados e selecionando-se aquela que melhor pontuar.

       

7 TIPOS DE DECISÃO ORGANIZACIONAL

                        A tomada de decisão organizacional ocorre em dois estágios:


                      O primeiro é o de identificação do problema e trata de monitorar a informação sobre as condições ambientais ( externas) e  organizacionais (internas) para determinar se  o desempenho é satisfatório ou não e para diagnosticar a causa das possíveis falhas.

                       O segundo estágio é o de solução do problema e se dá quando os caminhos alternativos de ação são considerados para que a alternativa mais indicada seja selecionada e implementada.
                        Existem dois tipos de decisão organizacional, as decisões programadas que são estruturadas, pelo fato de que os critérios de desempenho são claros, as informações são adequadas e as alternativas são facilmente especificadas, alem de que a alternativa escolhida terá um grande sucesso posterior. São exemplos de decisões programadas: os critérios para seleção de pessoal, orçamentos de serviço. E as decisões não organizacionais que são decisões esporádicas, para as quais não existem procedimentos definidos para resolver os problemas. Ocorre quando a organização não recebeu os problemas “com antecedência”, assim, fica impossibilitada de reagir e achar uma solução confiável. Ao contrario da decisão programada, não existe critérios claros e as alternativas para solução do problema não são confiáveis. Exemplos de decisões não organizacionais: redução do custo operacional, reação a concorrência.


8 TEORIA DA DECISÃO



            Os problemas surgem e precisam ser solucionados. Para que um problema seja realmente caracterizado, é preciso que o tomador de decisão tenha mais de uma alternativa. Caso uma situação siga somente um caminho para a solução, significa então que não há um problema. O conflito envolve uma tomada de decisão, mas os efeitos dessas decisões serão sentidos ao longo do tempo.

            A Teoria da Decisão é um processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação que a pessoa deverá seguir, envolvendo automaticamente seis pontos essenciais:



1.    Tomador de decisão: é o indivíduo que está diante de uma situação e precisa fazer uma escolha entre várias alternativas de ação;

2.    Objetivos: são metas que o tomador de decisão pretende alcançar com suas ações;

3.    Preferências: são critérios que o tomador de decisão usa para fazer sua escolha pessoal;

4.    Estratégia: é o caminho escolhido, dependendo dos recursos que se dispõe e da maneira como recebe a situação;

5.    Situação: são aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, muitos dos quais podem estar fora de seu controle, conhecimento ou compreensão e que afetam sua escolha;

6.    Resultado: é a conseqüência ou resultante de uma dada estratégia.



            A Teoria da Decisão é um conjunto de técnicas quantitativas que tem por objetivo ajudar o tomador de decisão a sistematizar o problema de decisão e a solucioná-lo. Como não há solução de um problema sem juízo crítico, a Teoria da Decisão toma como base em critérios pré-estabelecidos. Quando consideramos problemas de decisão, há sempre uma estrutura comum a todos eles:



a)    Estratégias alternativas – possíveis soluções para o problema, cursos de ação alternativos que podemos seguir; é necessário listar opções para ter resultados favoráveis.

b)   Estados da natureza – todos os acontecimentos futuros que poderão influir sobre as alternativas de decisão, sendo que cada dessas alternativas, sob cada estado da natureza, conduzirá a certo resultado.

c)    Matriz de decisão – ferramenta auxiliar, que permite visualizar os elementos apresentados (estratégias alternativas, estados da natureza e resultados associados); os problemas de decisão são classificados de acordo com o tamanho do conhecimento que temos acerca dos estados da natureza.

d)   Decisão tomada sob certeza – sabemos exatamente qual é o estado da natureza que vai ocorrer ou conhecemos com certeza todos os dados dos nossos problemas.

e)    Decisão tomada sob risco ou incerteza – não sabemos exatamente qual estado da natureza irá ocorrer, mas podemos associar a cada um deles uma probabilidade de ocorrência, que pode ser atribuída de forma objetiva ou subjetiva; o critério usual de decisão é baseado no resultado médio de cada alternativa e são abertos e dependentes da racionalidade do tomador de decisão;



.                       Abaixo, um gráfico que nos dá uma visão de como é sistematizada a tomada de decisão:





8.1 Conceitos que sustentam a tomada de decisão


 
  • Garantir a justiça, pois todas as partes envolvidas têm a mesma probabilidade de saírem vencedoras;
  • Evitar o conflito, porque sempre que a decisão se transfere para um desses instrumentos a discórdia acaba, pois já não está em jogo quem está com a razão;
  • Obter a orientação divina, pois sempre que a moeda é jogada para o alto, por exemplo, há uma crença popular que o resultado faz parte da vontade de Deus. Relatos descrevem que era comum o tomador de decisão olhar para o céu antes de tirar a sorte, provavelmente tentando uma conexão com a divindade.


8.2 Como as decisões são realmente tomadas nas organizações


                        Quando os tomadores de decisões são novatos, com pouca experiência, quando eles enfrentam problemas simples, com poucas alternativas de ação ou quando o custo de procurar e avaliar alternativas é pequeno, o modelo racional oferece uma descrição bastante precisa do processo decisório. Mas tais situações são uma exceção. Boa parte das decisões tomadas no mundo real não segue o modelo racional. Por exemplo, as pessoas geralmente se contentam em encontrar uma solução aceitável ou razoável para o seu problema em vez de buscar a alternativa ótima. Por esta razão, os tomadores de decisões geralmente fazem uso limitado de sua criatividade. As escolhas costumam ficar na área dos sintomas do problema e na proximidade da alternativa mais óbvia. Como observou recentemente um especialista em tomada de decisões, “a maioria das decisões significativas é tomada mais por meio de julgamento subjetivos do que por um modelo estabelecido de prescrições”.


8.3 Limitação da racionalidade


            Quando se enfrenta um problema complexo, tende-se a reagir reduzindo esse problema a um nível em que ele pode ser compreendido mais facilmente. Isso acontece porque a nossa capacidade limitada de processamento de informações torna impossível assimilar e compreender todos os dados necessários para a otimização. Então as pessoas buscam soluções que sejam suficientes e satisfatórias.

Como a capacidade da mente humana para formular e solucionar problemas complexos é bem menor do que a exigida por uma racionalidade total, as pessoas operam dentro de uma limitação da racionalidade, construindo modelos simplificados que extraem os aspectos essenciais dos problemas, sem capturar toda a sua complexidade, podendo agir racionalmente dentro dos limites desses modelos.

            Uma vez identificado o problema, corre-se atrás dos critérios e alternativas de solução, que costumam ser enormes. O tomador de decisão vai catalogar uma lista de escolhas mais notáveis, mais fáceis e que tendem a ter bastante visibilidade. E muitos casos, são critérios familiares e soluções previamente testadas. Em seguida, o tomador de decisão fará uma revisão de seus itens, começando pelas alternativas mais parecidas com a atual situação. Uma vez encontrando a alternativa que atenda um nível aceitável de entendimento, a revisão estará terminada. No final, a solução vai representar uma escolha satisfatória e não a ideal.

Um dos aspectos mais interessantes da limitação da racionalidade é que a ordem em que as alternativas são consideradas é crítica para a determinação daquela que será escolhida. No modelo racional, todas as alternativas são catalogadas em ordem hierárquica de preferência. Como todas serão avaliadas, a ordem inicial em que elas aparecem é irrelevante. Todas as soluções potenciais serão avaliadas criteriosamente. Com a limitação da racionalidade, isso não acontece, porque se o problema possuir mais de uma solução potencial, a escolha satisfatória será a primeira alternativa “aceitável” que o tomador de decisões pode encontrar. Uma alternativa ímpar e criativa pode trazer uma solução ótima para o problema, porém é pouco provável que seja a escolhida, pois outra alternativa aceitável será identificada muito antes de haver a necessidade de buscar mais além.


9 CONCLUSÃO

                       Diante do que foi dito, todas as pessoas são influenciadas poderosamente por suas atitudes e decisões, e que na maioria das vezes precisamos agir, tomando determinadas atitudes para o bem da empresa. As atitudes são categóricas do comportamento, estão sempre ligadas com a percepção do individuo e a motivação. Assim podemos definir atitudes como uma qualidade humana, semelhante a uma iniciativa, onde exerce uma influência explícita sobre situações e pessoas. Nesse sentido, as empresas devem está preparadas às mudanças organizacionais, também para as possíveis transformações cogentes à adequação a uma nova cultura interna e do mercado empreendedor.

                       Mediante os fatos expostos, é interessante também ressaltar sobre a importância das decisões em organizações, frisando que a organização é um complexo sistema de decisões. Toda e qualquer empresa precisa da tomada de decisões, para a solução do problema, uma vez que organizações é um sistema de decisões, em que cada pessoa compartilha consciente e racionalmente, sugerindo e definindo entre alternativas mais ou menos racionais. Todo e qualquer ser humano são processadores de informações e tomadores de decisão, a tomada de decisão surge sempre em reação a um problema, o importante é que a existência de um problema ou  a necessidade de uma decisão depende basicamente da percepção de cada pessoa ou organização.


 
10 REFERÊNCIAS


CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional - A dinâmica do sucesso nas organizações. 2. ed. São Paulo: Campus.

GARNIER, Charlies. El Romanticismo Y Ecleticismo. Disponível em <http://pt.scribd.com/doc/54980199/Opera-de-Paris>. Acesso em 29 de outubro de 2011.

PORTER, Michael. Estratégia. Disponível em <http://www.strategia.com.br/Alunos/2001-2/Estrategia/125/Estrategia.htm>. Acesso em 29 de outubro de 2011.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 11. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.


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