terça-feira, 15 de janeiro de 2013

LÂMPADAS FLUORESCENTES



O CONFLITO ENTRE A ECONOMIA E O BEM-ESTAR DO MEIO-AMBIENTE



As lâmpadas fluorescentes são mais econômicas e produzem 70% menos calor comparadas às lâmpadas incandescentes, podendo diminuir a necessidade do uso do ventilador e do ar-condicionado. Essas lâmpadas são mais caras, porém duram mais tempo, podendo chegar a 10 mil horas de uso, 10 vezes mais que as incandescentes.
            A alta eficiência das lâmpadas fluorescentes garante sua aplicação nas mais diversas áreas residenciais, comerciais e industriais. A grande revolução ao longo dos anos tem ficado por conta da redução do diâmetro e melhoria da qualidade da luz, podendo ser aplicadas em luminárias mais compactas e eficientes, além de ter sido desenvolvido o pó trifósforo que garante uma maior eficiência e melhor reprodução de cores, possibilitando maior economia de energia, conforto e durabilidade.

Fazem mal à visão?
            Até um tempo atrás, as fluorescentes utilizavam em seu funcionamento reatores eletromagnéticos, provocando o efeito estroboscópio¹ e de cintilação² da luz. Esses efeitos realmente são prejudiciais à visão, pois causam cansaço visual, pela intermitência da luz, que pode não ser visível aos nossos olhos, mas são captados por nosso cérebro.
            Modernamente, funcionando com reatores eletrônicos de alta freqüência, na faixa de 35.000 ciclos, esse efeito é eliminado. Quando operado com reator eletrônico, não fazem mal à visão

Fazem bem à economia?
            O governo anunciou que as lâmpadas incandescentes deverão ser retiradas do mercado até 2016 e serão substituídas por lâmpadas mais eficientes como a LFC (lâmpada fluorescente compacta), fluorescente tubular, halógena e LED. Estima-se que o uso dessas lâmpadas gera uma economia de energia de até 80%.

Notas:
1 - Não se percebe alguns movimentos pelo fato da lâmpada piscar na mesma freqüência do movimento de determinado objeto.
2 - Variação do fluxo luminoso - stress visual.


            O desafio de transição é grande, já que o consumo de lâmpadas incandescentes ainda é maior que os de fluorescentes, que chegam a ser comercializadas 300 mil/ano as do tipo compacta.


Fazem mal ao meio-ambiente?
            Quando as lâmpadas fluorescentes se quebram, liberam vapor de mercúrio, inalado por quem estiver por perto. As empresas e indústrias são as maiores usuárias desse tipo de lâmpada. Muitas seguem a norma ambiental ISO 14000, que orienta sobre o descarte de lixo tóxico, o que estimulou o surgimento de empresas que descontaminam e reciclam lâmpadas no país (serviço quase exclusivo para a indústria).
            Para que o processo de reciclagem não afete o ambiente externo, o material descartado é triturado dentro de um ambiente controlado e encaminhado para um aterro sanitário adequado, ou tem seus componentes químicos separados para serem aproveitados em novos produtos.
            O certo para quem não tem alternativas para descarte das lâmpadas fluorescentes é recolocar em sua embalagem original ou numa caixa de papelão para serem depositados em lixo comum.

A satisfação dos desejos individuais e a garantia do bem-estar da sociedade

            Para se resolver esse conflito, os merchandisings deverão propor os cuidados especiais para se descartar o material antes que o Ministério Público do Meio-Ambiente inicie uma campanha contra o uso desses materiais nocivos. Como nas propagandas de bebidas alcoólicas, que vem com as contra indicações subtendidas: “beba com moderação”, poderá publicar na estampa das embalagens os riscos que o nosso planeta poderá está sofrendo com o descarte indevido das lâmpadas fluorescentes. Frase do tipo “antes de jogar no lixo, ligue para nossa central de atendimento 0800-xxxx e diremos o que fazer. Colabore com o meio-ambiente”, daria uma ótima estratégia para mostrar a contribuição da empresa para um bom desenvolvimento ambiental e o contato direto com o cliente para incentivá-los a continuar comprando seus produtos.
            Nós, enquanto consumidores, queremos o melhor no que se caracteriza custo-benefício de um produto, mas que devemos lembrar que nada deverá ser nocivo à nossa própria saúde ou nosso futuro. As empresas querem lucrar, mas também não querem comprometer o meio em que vivemos tampouco faltar com a responsabilidade, à sustentabilidade e ao compromisso. É para nós o direito ter, e é para nós o dever preservar.

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