terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A EDUCAÇÃO, A LEITURA E A ESCRITA

O QUE É IMPRESCINDÍVEL PARA A VIDA PESSOAL E PROFISSIONAL

Trabalho apresentado ao Curso de Administração da UNEF – Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana, para a disciplina Língua Portuguesa.

Profª. Nívea Maria Vasconcellos

Feira de Santana - BA
2010.2

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO


O Objetivo deste trabalho é abordar o nosso ponto de vista pessoal a respeito da educação, da leitura e escrita, baseado em estudos buscados nos livros didáticos e em matérias fragmentadas e publicadas na internet.

Abordaremos comentários a respeito do poder da educação de ser um mecanismo de transformações individuais e comunitárias.

Inspirado no livro “Texto e Leitor” de Angela Kleiman, nós abordaremos um resumo esclarecedor a respeito da importância da leitura na construção do indivíduo.
Através de um pensamento citado por Simone Beauvoir, descrevemos sobre a imprescindibilidade da escrita para a vida pessoal e para o exercício da profissão.

Todo o trabalho é uma visão pessoal, somados os pontos de vista de cada membro da equipe, desfragmentados e expostos neste documento.


“Um português mais culto, garante uma acessão social maior” (Professora Rita de Cássia – Escola Técnica Áureo de Oliveira Filho – citada em uma aula de Lingua Portuguesa, em 1996).


2. A EDUCAÇÃO

“A educação está em todos os lugares e no ensino de todos os saberes (...). Existem inúmeras educações e cada uma atende a sociedade em que ocorre, pois é a forma de reprodução dos sabres que compõe uma cultura, portanto, a educação de uma sociedade tem identidade própria” (Carlos R. Brandão).

A Educação envolve todos os processos de ensino e aprendizado, desde a primeira educação, que surge na formação de cultura e personalidade, através da família, até às infinitas educações, que engloba o meio social, a nível de classe, profissão, faculdades, etc.

Existem vários tipos de Educação, mas há duas principais que envolvem vários princípios de uma socialização e endoculturação. São elas:

a. Educação Formal – que ocorre nos espaços escolarizados, pode ser da Educação Infantil à Pós Graduação. Ela interage de forma intencional e com objetivos determinados. Um exemplo disso são as escolas, que pode ser definida como Educação Escolar. Outro exemplo pode ser em casos específicos exercidos na utilização dos recursos técnicos e tecnológicos, que podem ser definidas como Educação Tecnológica.

b. Educação Informal – é um processo de aprendizagem contínuo e incidental que se realiza fora do esquema formal e não formal de ensino e que abrange todas as possibilidades educativas, no decurso da vida do indivíduo, construindo um processo permanente e não organizado, geralmente em meio à família, ambiente de trabalho, de laser, etc.

A educação sofre das mais simples às mais radicais mudanças, de acordo com o grupo ao qual ela se aplica e se ajusta à forma considerada padrão em meio ao um determinado ambiente social. Ela pode ser um mecanismo de transformações individuais, a partir do momento em o indivíduo se interessa ingressar em determinado meio social. A Educação Formal é que alavanca as determinações das pessoas que querem buscar um futuro brilhante, regado de relacionamentos interpessoais e profissionais. Essa educação vai “jogar” o indivíduo ao ambiente que ele tanto busca, ou no qual, mesmo sem querer, já vai estar envolvido. Na maioria das vezes, a Educação Formal, ao longo da vida, acaba influenciando a Educação Informal, dependendo dos propósitos de cada pessoa, como também pode acontecer o contrário. Daí é que podemos enxergar os mecanismos de transformações comunitárias, geradas pela educação influenciada pela maioria dos grupos, de pessoas, da mídia, etc. A Educação Tecnológica é um exemplo de influência que está a cada dia mais presente em todos os ambientes, onde as pessoas são persuadidas a usarem computadores e telefones com recursos que permitam a comunicação fácil e segura através de e-mails e torpedos.

É através da educação que o indivíduo se forma no âmbito social, familiar e profissional. A educação que cada pessoa busca e se envolve, vai definir seus valores e garantir o futuro de acordo com suas metas.


3. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA NA CONSTRUÇÃO DO INDIVÍDUO

Ler de forma disciplinar, desperta o hábito que passa a fazer parte de nosso cotidiano desde o instante em que “abrimos os olhos” para o mundo à nossa volta, no infinito desejo de dissecar, decifrar e decodificar o sentido das coisas que nos cercam, de observar o mundo através de várias perspectivas, de associar a ficção com a realidade, sob a influência de um livro, ou uma matéria publicada no jornal, ou numa jornada através de um romance, ou até mesmo através de uma simples tira postada na internet.

A prática da leitura nos induz a tarefa de interpretar e compreender o que se lê. Uma forma clara de entendermos isso está no livro “Texto e Leitor” de Angela Kleiman, cuja autora nos ensina que a leitura permite que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo ser apenas uma pura decifração de signos lingüísticos sem o entendimento do significado dos mesmos.

No primeiro capítulo da obra, a autora descreve os níveis de conhecimento que são precisos para uma compreensão satisfatória, dando exemplos em que se exige um dos conhecimentos para que a compreensão aconteça. Através do conceito a partir do exemplo, o leitor ativa outro nível de conhecimento no momento que não se sentir capaz de compreender a leitura somente com o um nível de informação. Através deste livro, o leitor se envolverá com todo o conhecimento da língua, desde a pronúncia, até o conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais. O conhecimento de tudo que existe no mundo é nada mais que o acúmulo de experiências na vida social, e por isso a autora enfatiza a importância das estruturas textuais na prática educadora, para garantir uma compreensão considerável.

Ainda no livro, uma das coisas mais importantes, é ensinar a formulação de hipóteses, como mais uma estratégia de desvendar os signos lingüísticos, no qual o leitor deverá posteriormente confrontar, para validá-las ou não, exercendo um controle consciente sobre o próprio processo de compreensão.

Através dos conhecimentos dos tipos de estruturação textual, poderemos analisar critica e minuciosamente palavras que dão idéias “chaves” nas orações, ou num comentário escrito, citados através da narração ou da discrição.

“O aluno poderá tornar-se ciente da necessidade de fazer da leitura uma atividade caracterizada pelo engajamento e uso do conhecimento, em vez de uma mera recepção passiva. Recipientes não compreendem (...). O conhecimento lingüístico, o conhecimento textual, o conhecimento de mundo devem ser ativados durante a leitura para poder chegar ao momento da compreensão, momento esse que passa desapercebido, em que as partes discretas se juntam para fazer um significado. O mero passar de olhos pela linha não é leitura, pois leitura implica uma atividade de procura por parte do leitor (...)” – Texto & Leitor, Angela Kleiman, pag. 26.

Saber ler, interpretar, traduzir e reproduzir um texto ou uma simples oração faz do indivíduo um soldado preparado com armas e escudos para um entendimento às informações simples e complexas, se mantendo no fluxo da comunicação, sem ser marginalizado no momento que a incompreensão toma conta. É garantir e confiar na sua capacidade de conhecer qualquer coisa sem obstáculos.


4. A ESCRITA PARA A VIDA PESSOAL

“Somos aquilo que escrevemos, ou naquilo que escrevemos demonstramos o que somos?” – Paulo Afonso Ramos.

Simone de Beauvoir citou: “escrever é desvendar o mundo”. A partir desta frase, descobrimos que escrever é parte inerente ao ofício do pesquisador. O trabalho do cientista ou do tecnólogo não se termina nas descobertas que faz, tampouco nos engenhos que cria: é de sua responsabilidade a comunicação do que descobriu, criou e desenvolveu. A comunicação escrita, mesmo sendo formal ou informal, confere à mensagem que ser quer transmitir uma forma que vai diminuir os efeitos negativos da transmissão oral. É através da escrita que as pessoas poderão visualizar quantas vezes for preciso um texto ou um comentário, ou uma oração, até cansar por contra própria, na tentativa de buscar uma interpretação plausível ou verídica do conteúdo publicado.

A escrita é um registro eterno que nós podemos deixar como herança para o mundo e que nos tornará inesquecíveis.


5. REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Carlos; O que é educação; 33ª Ed. Brasiliense, São Paulo. 1995.

WIKIPÉDIA; A Educação; disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o.

INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira; Thesaurus Brasileiro da Educação. Educação Informal. Disponível em: http://www.inep.gov.br/pesquisa/thesaurus/thesaurus.asp?te1=122175&te2=122350&te3=37527. 2001.

CAROLINA, Maria; A IMPORTÂNCIA DA LEITURA. Colégio Santa Marina, Rio de Janeiro – RJ. Disponível em: http://www.colegiosantamaria.com.br/santamaria/aprenda-mais/artigos/ver.asp?artigo_id=2. Julho de 2006.

SOBRAL, Flávia Marques; Educação: Pensar e recriar. Blogspost.com; Ceará; Disponível em: http://pensarerecriar.blogspot.com/2008/03/resenha-crtica-de-texto-e-leitor.html. 2008.

KLEIMAN, Angela; TEXTO & LEITOR. Aspecto Cognitivos da Leitura. 8ª Edição. Pontes Editores, Campinas - SP. 2002.

WIKIPÉDIA; Simone de Beauvoir. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Simone_de_Beauvoir

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