ADM ESTRATÉGICA: O FILME “FUGA DAS GALINHAS” VERSUS ESTRATÉGIA

         

 

        O filme trata-se de um ambiente comparado a uma organização autocrática excessiva. Por um lado, a personagem galinha Ginge toma a frente da liderança com autocracia no objetivo de planejar uma fuga do galinheiro, apontando os pontos negativos de se conviver confinadas a serem produtivas para não serem mortas. Por outro lado, a dona do galinheiro, Sra. Tweedy, as lideram com autocracia, militarismo e punições de morte àquelas que não produzem ovos, subestimando a inteligência delas e desacreditando na visão aguçada do Sr. Tweedy, que capta o talento das galinhas planejarem estratégias de fuga.

            A diferença entre elas é que Ginge torna-se obsessiva em seu objetivo e, mesmo pensando no bem-estar de todos, não mede esforços para impor suas idéias e convencer que ninguém deveria se conformar com a vida baseada em repetição e esforços a troco de nada, porém ninguém se envolve em seus planos e simplesmente são induzidas a fazerem tentativas fracassadas. Enquanto isso, Sra. Tweedy busca um novo mercado produtivo, reconhecendo que sua produção já passou de algo pequeno e insignificante, podendo explorar novos horizontes com investimentos mais pesados, levando em conta que deverá literalmente “sacrificar” sua produção.

            Um dia um galo chamado Rocky aterrissa no poleiro tentando fugir de outro tipo de prisão, sendo que ele tinha o reconhecimento de muita gente e era considerado a peça-chave do funcionamento de um espetáculo de circo. Ao conhecer Ginge, ele nota que sua liderança deveria ter outro tipo de motivação, baseada no emocional e no espírito de equipe. Rocky toma as rédeas da liderança e testifica que a vida fora daquela prisão é tão maravilhosa quanto elas esperavam, resultando em uma engenharia na criação de um plano infalível pela fuga.

            Comparado ao mundo coorporativo, a Sra. Tweedy exigia das galinhas a eficiência operacional, em que elas teriam de produzir um número exato de ovos por semana. Ao mesmo tempo, ela mesma já traçava metas para desenvolver uma estratégia em que pudesse fazer lucro com algo mais, e que desse um retorno mais rápido, copiando a idéia de abrir um tipo de empresa anunciada em um panfleto popular. A motivação para a produção de ovos estava na punição da morte para quem não cumprisse as metas. Depois da inovação implantada pela Sra. Tweedy em abrir uma fábrica de tortas de frango, a motivação seria desnecessária, já que o destino seria o mesmo para qualquer situação no granjeiro.

            Por outro lado, Ginge reconhecendo o fracasso de seus planos, encontrou como solução copiar a “estratégia” de fuga do galo Rocky ao acreditar que ele conseguiu fugir voando. A metáfora se aplica por se tratarem de aves que não sabem voar, e que precisaria construir uma tecnologia para alcançar sua meta, pois a tentativa de voar com as próprias asas seria uma cópia utópica ou mais trabalhosa do que poderia se pensar. A motivação foi reconquistada entre as galinhas pelo fato de um estrangeiro, trazendo novas idéias e experiências, garantir que elas conseguiriam unidas atingir o objetivo de Ginge, se soubesse aplicar um diferencial nas estruturas.

            Quanto aos fornecedores, a Sra. Tweedy financiou uma máquina com o acordo de pagar com a lucratividade, sem reconhecer o risco de não dar certo com uma equipe desmotivada. Já o galo Rocky transformou seu fornecedor numa parceria, em que participava dos eventos e lucros à medida que as metas eram alcançadas.

            Como exemplo de força de vontade, cumplicidade, dedicação, persistência, solidariedade, crença na inteligência dos envolvidos, podemos concluir que foi justo o plano de Ginge ter dado certo e no final todas as galinhas terem fugido. Esse é o exemplo que podemos adotar no mundo filosófico e coorporativo.